domingo, 14 de agosto de 2011
José, “pai de coração” de JESUS
Uma reflexão a respeito da paternidade de José, que está escondida no coração de todo homem
A Bíblia está cheia de personagens que nos marcam. Marcam por serem pessoas que cometeram erros, mas que ao mesmo tempo eram ousados e cheios de Deus para fazerem o que lhes fora proposto pelo Senhor.
Um desses personagens foi José, descendente de Davi (Mt 1.1-17), carpinteiro, judeu, que respeitava as tradições, noivo de uma menina chamada Maria.
Naquela época, o noivado era um casamento, sem de fato o ter consumado. Maria deveria ficar na casa de seus pais por mais um ano após o acordo firmado entre seu pai e José. Nesse tempo, Maria se achou grávida do Espírito.
José, segundo Mateus 1.19, era um homem justo e por sua noiva estar grávida de um filho que não era seu, iria terminar secretamente seu casamento, pois ela deveria ser apedrejada segundo as leis de Moisés. Mas um anjo lhe apareceu em sonho dizendo-o para não temer, pois o que estava sendo gerado no ventre de Maria era o tão esperado Messias, e que o nome da criança deveria ser Jesus.
José, como todos nós que temos a Palavra de Deus, tinha uma escolha: obedecer ou não. Creio que mesmo com medo em seu coração, resolveu assumir os riscos de ter um filho do coração. Pelos cuidados que ele tinha, amou àquela criança desde o primeiro instante.
Aos oito dias ele levou Jesus para ser circuncidado e após ter passado o tempo de purificação, consagrou-o ao Senhor (Lc 2.22).
Fico a imaginar toda a paciência e o cuidado que José teve com Maria até ela chegar a ser sua esposa de fato. Sabemos que uma mulher tem todo o processo de resguardo para voltar a ter intimidade com seu cônjuge após o nascimento de uma criança.
Imagino também as noites sem dormir preocupado em achar um lugar para ficar, aprender o que significa cada choro da criança, dentre outras coisas mais que um pai presente faz.
Podemos perceber pelos atos de Jesus, que não somente Maria o ensinava as histórias de seu povo, mas tendo em mente que José era um judeu que seguia atentamente os mandamentos de Moisés, penso que ele ensinava a criança ao caminhar, à mesa nas refeições e principalmente sendo um exemplo a ser seguido pelo menino.
Jesus venceu o diabo na tentação no deserto, com a Palavra. Alguém lhe ensinou a Palavra.
José escolheu adotar Jesus como filho do coração. Creio que ele sabia que Jesus era uma pessoa especial. Ali estava o filho do próprio Deus, ou melhor dizendo, o próprio Deus encarnado.
José teve que administrar muito bem isso com os seus outros filhos que teve biologicamente com Maria. Podemos enxergar essa mesma qualidade de pai zeloso, pois seus filhos também seguiram e apoiaram o ministério de Jesus.
Na Lei Brasileira, o filho adotivo tem todos os direitos e deveres de um filho biológico. Enxergamos no exemplo de José, o amor de Deus que nos fez adotados em Jesus. Deus deu Jesus de presente para nós, para que houvesse uma reconciliação entre a humanidade e Ele, tornando-nos filhos do coração, com todos os direitos e deveres do Filho “Biológico”.
É lindo pensar que quando Jesus veio ao mundo, veio como unigênito. Mas quando ressuscitou, ressuscitou como primogênito (filho mais velho). Aleluia! Em Jesus, fomos feitos filhos de Deus, o mesmo poder que operou em Jesus, naquela época, continua operando em nós que o recebemos como Salvador e “irmão mais velho”.
Cada pessoa pode ser um José na vida de muitas crianças e cada pai pode ter a honra de ser com seus filhos (biológicos ou não) uma referência, um exemplo e um alicerce. No caso de José, primeiro veio o “Filho do coração”, depois vieram alguns biológicos.
Crianças que poderiam ter destinos tão contrários podem ser transformadas pelo poder de Deus por meio da vida dos pais que os criam. Não apenas as mães, mas íntegros pais, homens comuns que se dispõem a cumprir um chamado único: a paternidade.
No caso específico dos “filhos de coração”, costumo dizer aos casais cristãos, que vão adotar que eles serão agentes de Deus para transformação de vidas, saqueando o inferno e povoando o Céu.
Pai do coração ou biológicos: Permita-se ser usado, como José foi, na vida de sua criança, ensinando-a NO caminho, sendo exemplo. Mesmo quem já tem filhos biológicos pode ser um agente de transformação na vida de outra criança, transformando-a de desamparada a “filho do coração”. Nós temos a fórmula de amor que é Cristo em nós a esperança da glória. Não deixe que outras pessoas façam isso em nosso lugar. Igreja, papais, nós temos a resposta para essas crianças! Simplesmente, A-M-O-R!!!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário